Você sabia que metade das empresas no Brasil e no mundo sofreu algum tipo de crime ou fraude nos últimos dois anos? Isso é o que aponta a pesquisa Global sobre Fraudes e Crimes Econômicos, realizada pela PwC em 2018. Esse dado chama a atenção por se tratar do maior índice registrado desde a última pesquisa. Tanto é que a preocupação dos empresários aumentou, a ponto de investirem ainda mais na prevenção e mitigação de golpes. Então, se você também é dono de organização, continue lendo o artigo e saiba como descobrir fraudes na empresa quando não for possível evitá-las.
O “x” da questão: você tem consciência de como a fraude impacta a sua empresa?
Não é conto. A fraude é um problema real! Ela vem criando aliados em todos os países e setores de atuação, conforme a tecnologia vai avançando e os fraudadores vão sofisticando seus métodos. Mas o que as organizações devem fazer frente a isso? Primeiramente, devem adotar uma visão holística da fraude – reconhecendo-a como problema grave e frequente –, pois poucas empresas estão plenamente cientes do cenário de riscos.
4 medidas a serem adotadas contra a fraude
Só no Brasil, o índice passou de 12% para 50% de empresas que foram vítima de fraude e crimes econômicos. Se isso não é motivo para você adotar novas medidas e prevenir sua empresa, então nada mais será.
Seguem, aqui, quatro ações eficientes:
Reconheça a fraude ao deparar-se com ela
Além do aumento da nossa consciência em relação à fraude, há um aumento do gasto para combater o problema por parte das organizações. Só que, na maioria das vezes, de maneira defensiva como, por exemplo, a realização de avaliações de risco. Pelo menos, 58% das empresas brasileiras disseram ter realizado algum tipo de avaliação de risco de fraude ou crime econômico nos últimos dois anos. Além disso, a tolerância por parte do público para o mau comportamento corporativo está se esgotando. Nunca antes, na história, houve tanta denúncia à má conduta corporativa como também a responsabilização de líderes por “mau comportamento”.
A pesquisa revela que um dos maiores pontos cegos em uma empresa, em relação à fraude, tem a ver, não com empregados, mas com parceiros de negócios, ou seja, terceiros: agentes, fornecedores, prestadores de serviços e clientes. No Brasil, esse dado fica em 63%. Alto, não?
Continue acompanhando como descobrir fraudes na empresa e veja como agir para preservar seu negócio.
Adote uma abordagem dinâmica
A pesquisa indica que o montante gasto em investigações e outras intervenções em consequência da fraude é significativo. Quando isso acontece, é normal que a gerência executiva precise prestar contas. É aí que se vê a maneira como cada diretoria gerencia a crise e, principalmente, até que ponto as empresas estão ajustando seus perfis de risco de forma adequada. A verdade é que, neste caso, pequenas crises podem ser “úteis”. Elas se tornam oportunidades de testar a equipe e o sistema para realizar melhorias. Isso torna a empresa cada vez mais preparada para responder a grandes crises, adotando uma abordagem mais proativa e madura.
Utilize o poder defensivo da tecnologia
A tecnologia, ao mesmo tempo em que pode ser uma ameaça, também pode ser um meio de defesa para os negócios. As organizações dispõem de uma série de tecnologias inovadoras voltadas para monitorar, analisar, aprender e prever o comportamento humano. O importante é saber como implantá-las e como encontrar a maneira ideal de utilizá-las, equilibrando custo e eficiência, para se manter à frente dos fraudadores.
Invista em pessoas, não apenas em máquinas
Muitas empresas escolhem investir em recursos tecnológicos para combater uma fraude, mas acontece que, muitas vezes, não é a decisão mais estratégica. A menor ênfase em medidas culturais e éticas de uma empresa indica um possível ponto cego, podendo ser o motivo para a grande resistência da fraude interna. Afinal, ela é resultado da combinação de escolhas humanas com falhas de sistema.
Geralmente, a fraudes corporativas estão associadas a pressões dentro da organização. A pesquisa mostra que 19% das empresas brasileiras, que resgistraram fraudes nos últimos dois anos, foram vítimas de má conduta nos negócios, como o abuso de incentivos. Além de avaliar os incentivos que vêm do alto escalão das empresas, é preciso analisar se os programas agressivos de vendas não estão gerando comportamentos fraudulentos ou ilegais da equipe interna.
O primeiro passo para prevenir esse tipo de comportamento é entender a cultura da organização. Uma alternativa é realizar pesquisas e entrevistas para avaliar pontos fortes e fracos dessa cultura. Fora isso, um treinamento também pode ser muito eficiente, pois a partir do momento em que as pessoas entendem o que é uma ação inaceitável e “por quê”, é mais fácil evitar atividades fraudulentas.
Conclusão
Muitas empresas se mostram despreparadas para enfrentar fraudes, por questões internas e externas. Então, realizar melhorias que compreendem integrar melhor as áreas de compliance, ética, gestão de riscos e assuntos jurídicos, além de promover uma cultura interna mais positiva, são ações que podem trazer resultados eficientes no combate aos golpes.
A verdade é que o respeito às leis nunca foi tão essencial para reguladores, empregados e público em geral. As empresas precisam se antecipar a certos eventos para mostrar a todos os envolvidos que ela está no controle da situação. Um imprevisto pode, rapidamente, transformar-se em uma crise. Mas, empregando os mecanismos certos, a empresa absorverá o choque e se fortalecerá.
Como dissemos no artigo, há diversos recursos que devem ser empregados para prevenir e/ou resolver a situação, mas se você quer se adiantar e contar com ajuda profissional para saber como descobrir fraudes na empresa, entenda melhor com funciona a investigação empresarial. Uma prática legal que possibilita o monitoramento de todos os processos e de todas as pessoas da organização, sem necessidade de altíssimos investimentos em tecnologia.
O detetive particular atua na investigação de ações suspeitas, processos fraudulentos, situações irregulares e espionagem industrial.
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Referência:
Pesquisa Global sobre Fraudes e Crimes Econômicos 2018 – PwC Brasil
