Março é o mês dedicado à mulher. Mais do que uma data comemorativa, é um período de relembrar as conquistas que as mulheres obtiveram nas últimas décadas, especialmente, trazer visibilidade para lutas que ainda vêm sendo travadas como, por exemplo, a violência doméstica.
Apesar de as denúncias e as medidas legais de prevenção à violência, contra a mulher, terem aumentado nos últimos tempos, ainda há um longo caminho a percorrer. Durante a pandemia do Coronavírus, as estatísticas desse tipo de agressão aumentaram.
Se você anda preocupado com um familiar ou uma pessoa próxima e quer saber como uma investigação particular pode ajudar em casos de violência doméstica, a gente conta logo a seguir.
O que é violência doméstica?
Infelizmente, uma das formas de violência mais comuns ocorre dentro de casa, causada por pessoas próximas, em quem confiamos. Mas o que caracteriza esse tipo de violência? De acordo com a Lei 11.340/2006 – a Lei Maria da Penha: (…) configura violência doméstica e familiar, contra a mulher, qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial (Capítulo I, Art. 5º).
Ou seja, violência doméstica é aquela sofrida pela mulher dentro do próprio lar, seja por parente ou por cônjuge.
Tipos de agressão:
Ao pensar em violência doméstica, muita gente pensa em agressão física, mas os tipos de agressão vão além disso. Segundo o texto da Lei Maria da Penha, também são formas de violência familiar:
- Violência psicológica: qualquer conduta que cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que prejudique, perturbe e degrade a mulher, procure controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, diante de ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição, insulto, chantagem, violação de sua intimidade, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir;
- Violência sexual: obrigar a mulher a manter, participar ou comercializar relação sexual não desejada, por meio de intimidação, ameaça, coação ou uso da força. Impedir de usar método contraceptivo ou forçar ao matrimônio ou à gravidez também é considerado violência sexual;
- Violência patrimonial: retenção, subtração, destruição parcial ou total de objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos;
- Violência moral: conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.
Sinal amarelo: comportamentos suspeitos
É comum que, antes de partir para agressões mais pesadas, o agressor demonstre hábitos preocupantes. Se você souber que uma pessoa querida está sendo submetida ou apresenta alguns destes comportamentos, fique alerta e busque orientá-la, com muita cautela e gentileza:
- O agressor ainda que, sutilmente, não perde a oportunidade de ironizar ou tirar sarro dessa mulher, mesmo diante de outras pessoas;
- Irrita-se com coisas irrelevantes e é ríspido ou confere à mulher o “tratamento do silêncio”;
- Não perde a chance de diminuir a vítima e tudo o que ela faz. Dá a entender ou manifesta claramente que ela tem muita sorte de estar junto dele, como se fosse seu salvador;
- Demonstra desconforto ou raiva com amigos e familiares da vítima e, aos poucos, vai afastando-a dessas pessoas;
- A vítima dá desculpas para o comportamento estranho do agressor: “Ele teve um dia ruim”; “Eu devo ter feito algo que o desagradou”, etc;
- A vítima mostra-se abatida e até “desleixada”, já que até a maneira de se vestir pode ser um gatilho para a agressão psicológica.
Sinal vermelho: hora de buscar orientação e ajuda
- A mulher deixa de ter vida social e não entra mais em contato com pessoas próximas, não responde a mensagens ou ligações. Quando responde, é sempre evasiva;
- A vítima demonstra depressão ou grande medo;
- Ausência no trabalho e em compromissos é cada vez mais frequente;
- Dá desculpas para o surgimento de hematomas e dores (bateu no armário, caiu, etc.);
- Apresenta comportamentos suspeitos, como usar óculos escuros em ambientes fechados, blusa de manga comprida e calça quando faz calor, entre outros.
Como uma investigação particular pode ajudar
Aquele velho ditado “Em briga de marido e mulher não se mete a colher” não poderia estar mais errado. Se você suspeita que uma pessoa querida esteja sofrendo violência doméstica, não hesite em buscar ajuda o quanto antes: pode ser o diferencial para a saúde e até mesmo para a vida dessa mulher.
Denunciar os casos de agressão à mulher é fundamental, mas se você está preocupado que a denúncia demore para ser atendida, talvez seja o caso de juntar provas com muita discrição. Não se arrisque: para não chamar a atenção do agressor, confie esse caso a um investigador particular. Ele saberá aliar a experiência em investigações familiares com os equipamentos adequados, além da delicadeza e da urgência necessárias para lidar com uma possível situação de violência doméstica, tudo dentro da lei e com o mais absoluto sigilo.
Essa é uma situação que não pode ser deixada para depois: entre em contato com a gente e saiba como nossa investigação pode ajudá-lo.
Leia também: Como denunciar violência doméstica.