Violência contra crianças cresce na pandemia. Saiba como denunciar.

Violência contra crianças cresce na pandemia. Saiba como denunciar.

A morte de Henry Borel, em março desse ano, causou comoção em todo o país. A criança, de quatro anos, faleceu em decorrência de múltiplas fraturas no corpo. De acordo com a polícia, há indícios de que Henry havia sofrido tortura semanas antes de morrer e o maior suspeito do crime seria seu padrasto, o vereador Dr. Jairinho, tendo como cúmplice a mãe do garoto. Esse triste caso coloca em evidência uma estatística: o aumento assombroso nas ocorrências de violência contra crianças durante a pandemia.  Além de grave, a agressão contra uma criança é um episódio que requer urgência na apuração, para evitar desfechos trágicos. Por isso, se você desconfia de que uma criança esteja sofrendo maus-tratos, não importa se seja familiar, aluno, filho do vizinho ou de conhecidos, fique de olho nas recomendações a seguir. Sua ajuda pode fazer toda a diferença.

Sinais de alerta da violência contra crianças

A pandemia de Covid-19 tem assustado os brasileiros não somente pelas vítimas do coronavírus, mas também pelo grande aumento nos casos de feminicídio e infanticídio. A atual crise sanitária agravou ainda mais uma realidade que já é assustadora há anos: segundo um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Pediatria, de 2010 a 2020, mais de 103 mil crianças e adolescentes morreram no país, vítimas de agressão física.

Infelizmente, a maior parte das vítimas sofre abuso dentro da própria casa. Com o trabalho remoto, o acentuamento da crise econômica e, consequentemente, das frustrações e preocupações pessoais, crianças e jovens ficaram ainda mais à mercê dos seus agressores. Nessas horas, alguns sinais podem indicar que algo não vai bem na rotina deles. Confira alguns desses indícios, apontados pela Sociedade Brasileira de Pediatria:

  • Mudança repentina de comportamento: a criança ou o adolescente podem ficar mais quietos ou, ao contrário, hiperativos e agressivos;
  • Distúrbios fisiológicos: a criança pode voltar a urinar na cama ou na roupa, por exemplo;
  • Distúrbios alimentares: como falta de apetite ou compulsão por comida, bulimia e anorexia;
  • Desconfiança acima do normal;
  • Sinais de depressão: como choro excessivo, sentimentos de inferioridade, culpa e desvalorização;
  • A criança ou jovem demonstra muita ansiedade ao ir para casa ou ao saber que irá se encontrar com seu agressor.

Embora nem sempre a violência contra crianças deixe marcas físicas no corpo, deve-se ficar atento com o surgimento de hematomas, arranhões, luxações, etc.

O papel da testemunha: agir é fundamental

Assim como a maior parte das vítimas, o menino Henry Borel havia demonstrado sinais importantes de que sofria agressão doméstica, notados pelas pessoas de seu convívio. Embora cada situação tenha sua complexidade, uma denúncia talvez tivesse levado o caso a outro desfecho.

Se você é um vizinho e consegue escutar gritos ou se tiver contato com a vítima e perceber um comportamento estranho, pode fazer uma denúncia pelo Disque 100, um serviço de denúncias de violações a grupos vulneráveis. O sigilo do denunciante é garantido e você pode evitar que mais um menor entre para as tristes estatísticas da violência doméstica.

O papel do investigador: sigilo e agilidade

No entanto, se você acredita que esteja diante de um caso que precisa de uma resolução urgente e tem medo de que a burocracia possa atrasar a investigação pública, talvez seja hora de confiar suas suspeitas a um detetive particular.

Um profissional com experiência em investigação familiar saberá conduzir o caso com a seriedade, o sigilo e a rapidez necessária para conseguir provas que possam contribuir com a conclusão daquela situação angustiante.

Diante de um caso de violência contra crianças e adolescentes, não cruze os braços! Se quiser saber como a Activa Detetives pode ajudar, mande uma mensagem, que tiraremos todas as suas dúvidas.

Leia também: O papel do detetive particular na investigação de babá

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