Em abril, nós falamos aqui sobre como a violência contra crianças e adolescentes aumentou durante a pandemia. A situação é ainda mais assombrosa se levarmos em consideração que os números podem estar subnotificados, visto que a situação de emergência pode ter dificultado a denúncia de muitas vítimas. A angústia de quem desconfia ou está ciente de uma situação de abuso infantil aumenta pelo medo de sofrer ameaças. Por isso, muitos se calam. Pelo medo de que o agressor seja ainda mais violento com a vítima e, também, com o denunciante. Nessas horas, uma investigação conduzida por um profissional pode ser o diferencial para um desfecho positivo. A seguir, saiba como um detetive particular atua em casos de violência contra crianças.
Como é o início da investigação?
Antes de mais nada, o detetive irá conversar com o denunciante e colher informações sobre o comportamento da criança (se são compatíveis com os de vítimas de agressão), além de conseguir mais detalhes sobre o agressor: quem é, se vive ou não na mesma casa da vítima, se é familiar ou uma pessoa contratada para cuidar da criança, se a agressão ocorre dentro ou fora de casa, entre outros.
Algumas vezes, o denunciante também vive junto da vítima e do agressor ou, ainda, tem acesso à casa ou ambiente em que o menor sofre agressão (escola, local de alguma atividade extracurricular, etc). Também pode ser um vizinho, que consegue ouvir ou observar a agressão. Por isso, é importante que o denunciante revele ao detetive quaisquer informações, mesmo aquelas que julgar pouco relevantes, pois o profissional costuma ter um olhar mais apurado e, um detalhe que pode parecer inofensivo para um leigo, pode ser uma peça-chave para o trabalho do detetive.
Em seguida, o investigador particular parte para a verificação de dados sobre a pessoa investigada, como checagem de antecedentes criminais e varredura nas redes sociais. Se o provável agressor for um profissional que trabalhe com a criança, o detetive irá confirmar suas referências e conversar com antigos colegas ou contratantes. Se for necessário, a pesquisa pode se estender à busca e ao contato com pessoas de convívio pessoal do investigado, para entender como a pessoa se comporta em diferentes âmbitos.
Se o agressor for um familiar e o denunciante morar na mesma casa, o detetive pode, por exemplo, procurar vestígios dentro da casa, verificar o histórico de acessos à internet, etc. Tudo pode ser uma pista.
Quais técnicas e equipamentos são utilizados?
Após o levantamento de informações sobre o histórico e a rotina diária do investigado, o detetive poderá seguir essa pessoa, com toda discrição possível, e dotado de equipamentos profissionais. Especialmente, nos casos em que a pessoa está na companhia da criança ou do adolescente vítima de agressão.
Com a autorização do denunciante, o detetive pode instalar câmeras ou escutas na casa – seja na casa em que vivem ou no caso de o denunciante ser um vizinho, no seu próprio lar – para captar possíveis maus-tratos.
A soma da pesquisa presencial, com investigação online mais os resultados fornecidos pelos equipamentos de captação de imagens e áudios, certamente, trará resultados bastante certeiros sobre a situação. Vale lembrar que, durante a investigação, o detetive sempre zela pela segurança e pelo bem-estar do denunciante e da vítima, por isso, todos os seus passos são dados com o máximo de discrição e sigilo.
Com mais de 20 anos de experiência em investigação familiar, compreendemos perfeitamente a fragilidade da situação e todos os sentimentos envolvidos, como medo, angústia, raiva, desamparo. Saber que o próprio filho ou uma criança conhecida pode estar sofrendo abuso físico é um pesadelo que pode nos paralisar e trazer sérias consequências à vítima, tanto no presente quanto no futuro. Por isso, é crucial contar com profissionais experientes nesse tipo de caso.
Se você desconfia que uma pessoa querida está sofrendo agressões e quer saber como um detetive particular atua em casos de violência contra crianças, entre em contato com a gente e tire todas as suas dúvidas.
