Embora a profissão de detetive particular tenha sido regulamentada no Brasil, há quem confunda esse tipo de serviço com a investigação policial. Contudo, é importante destacar que são trabalhos diferentes. Desse modo, separamos alguns pontos para esclarecer a diferença entre detetive e policial, para você saber a quem recorrer em cada tipo de situação.
O que faz um detetive particular?
O profissional realiza investigações, de forma privada, visando o esclarecimento de assuntos do contratante. Já detalhamos esse tipo de trabalho aqui. Vale ressaltar que, conforme a Lei nº 13.432/2017 o detetive particular possui certas restrições na apuração dos fatos. Diferente do investigador policial, ele não pode investigar nenhum caso de natureza criminal. Mas pode contribuir com um caso em curso, se tiver permissão do delegado responsável.
Além disso, seu trabalho é feito de forma independente, autônoma ou em uma agência especializada do segmento. Entre os serviços mais procurados, estão: investigação familiar, conjugal e empresarial. Em seu processo de coleta de informações, ele pode: seguir, fotografar, filmar, gravar áudio, interceptar correspondências e tudo o que estiver dentro da regulamentação de sua categoria.
Resumindo, o detetive particular é responsável por desvendar casos particulares e, por esse motivo, é remunerado por quem contrata seus serviços, de acordo com a complexidade e o tempo dedicado a cada investigação.
O que faz um investigador policial?
Enquanto o detetive particular atua na área privada, o policial serve ao Estado como integrante da Polícia Civil. Ele tem autoridade para dar cumprimento a mandados de prisão, de busca e apreensão, além de atuar em casos mais complexos, de origem criminal ou infrações administrativas. Homicídios e tráfico de drogas são apenas alguns exemplos.
Esse tipo de investigador tem o dever de atender ao público durante seu período de trabalho não podendo, então, escolher se aceita ou recusa o caso apresentado. Todos devem ser atendidos e investigados.
Por se tratar de um funcionário do Estado, sua remuneração é fixa, a não ser que ele também sirva ao setor privado em suas horas livres.
O que é preciso para ser um detetive particular?
Primeiramente, tenha em mente que a profissão não se baseia apenas no glamour retratado nos filmes e seriados de televisão. Muito mais do que isso, o serviço de um detetive particular exige um trabalho árduo e paciente.
Para exercer essa função não é preciso ter formação superior, porém é fundamental se especializar em um curso da área, como estar sempre aprimorando o conhecimento adquirido. Você pode saber mais sobre esse assunto aqui. E não para por aí, o detetive particular tem que agir com cautela e manter a descrição e imparcialidade em todo o processo, além de garantir total sigilo ao cliente.
Leia também: Sigilo de detetive particular e cliente: como funciona?
O que é preciso para se tornar um investigador policial no Brasil?
A seleção é feita por etapas. Antes de tudo, é obrigatório passar pelo concurso público e se candidatar para o cargo de investigador da Polícia Civil ou perito criminal. Geralmente, existem 4 fases: prova escrita, prova de títulos para cargo específico, teste físico e, por fim, psicológico.
Alguns requisitos básicos também são primordiais: estar em dia com obrigações eleitorais e militares (no caso de candidatos do sexo masculino), CPF regularizado, ser brasileiro, aptidão física e mental, idade mínima e máxima (variam conforme os editais), habilitação categoria B e diploma de Ensino Superior Completo, desde que tenha relação com a profissão e seja reconhecido pelo MEC.
Agora que você já conhece a diferença entre detetive e policial, já sabe a quem recorrer para investigar o seu caso ou, até mesmo, pensar na possibilidade de se tornar um desses profissionais.