Espionagem industrial: o que é e como se proteger

Espionagem industrial: o que é e como se proteger

Já falamos aqui sobre como ocorre a fraude empresarial e quais os setores mais vulneráveis dentro de uma empresa. Em geral, esse tipo de crime é colocado em prática por alguém que trabalha direta ou indiretamente na empresa, seja funcionário, sócio ou fornecedor, e pode trazer muitos prejuízos para as finanças ou a reputação do negócio. No entanto, existe um outro tipo de atividade criminosa, geralmente coordenada pela concorrência, que pode afetar seu empreendimento de maneira significativa:  a espionagem industrial ou corporativa. Leia a seguir o que caracteriza esse tipo de espionagem e quais providências tomar, caso suspeite de que sua empresa esteja sendo vigiada.

O que é espionagem industrial?

Espionagem é a prática de obter informações confidenciais ou sigilosas sem a autorização de quem detém esses dados. Ao longo dos séculos, esse recurso foi e ainda é muito utilizado por agências de inteligência federais e organizações militares, para descobrirem segredos de Estado. Mas não somente governos são alvos de espionagem: ela pode ser feita em empresas, instituições e até mesmo com pessoas físicas.

Algumas empresas recorrem à espionagem industrial ou corporativa para adquirir vantagem competitiva diante da concorrência, tática que tem se tornado cada vez mais frequente no mercado, com o avanço da tecnologia. Em geral, é utilizada com as seguintes intenções:

  • Descobrir resultados de pesquisas e estratégias de desenvolvimento;
  • Obter planejamento estratégico e planos orçamentários;
  • Adquirir informações privilegiadas sobre produtos e lançamentos;
  • Conseguir listas e dados de clientes.

Qual tática é utilizada?

A espionagem dentro de um ambiente corporativo pode acontecer de muitas formas:

  1. Remotamente, com ajuda de hackers, softwares espiões e escutas;
  2. Internamente, de duas maneiras:

– Espião infiltrado, ou seja, alguém que passe por processo de seleção e seja admitido como funcionário. Também pode ser alguém que se passe por jornalista, pesquisador ou fornecedor e tenha acesso ao ambiente corporativo;

–  Cooptação de funcionário, por meio de recompensa financeira.

3. Engenharia social: o espião faz amizade ou se envolve com um funcionário. Ao longo do tempo, consegue informações sobre a empresa de forma indireta, por meio de “desabafos”;

4. Chantagem: descobre-se algum fato polêmico de um sócio ou funcionário de um setor-chave e, assim, utiliza-se de chantagem em troca de informações sobre a empresa;

5. Emboscada: a vítima sofre ameaças, sequestro ou até tortura para contar informações.

Nas últimas décadas, muitos casos de espionagem da concorrência envolvendo grandes marcas ficaram famosos.

É possível evitar esse tipo de espionagem?

Não existe um método 100% efetivo para evitar que a concorrência vigie seus negócios, mas algumas medidas podem ajudar muito a proteger informações confidenciais:

  • Invista em gestão de segurança e políticas internas de compliance, além de segurança da informação. Já vimos anteriormente que controles internos fracos são um prato cheio para fraudadores. O mesmo vale para espiões;
  • Providencie termos de confidencialidade para funcionários, fornecedores e todos aqueles que lidem com informações consideradas sigilosas dentro da empresa. Esses termos devem dispor sobre como lidar com esses dados e também detalhar sanções em caso de descumprimento das regras;
  • Registre marcas, patentes e desenhos industriais;
  • Mantenha a equipe de TI treinada e as tecnologias de segurança sempre atualizadas.

E você, já sofreu espionagem industrial ou conhece algum caso de espionagem corporativa? Conte para nós nos comentários!

 

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